Cálculo da lucratividade do seu negócio

Compreender como são calculados os principais indicadores do negócio auxilia o empreendedor na gestão financeira

Depois de elaborar o plano de negócio, aperfeiçoar o produto, abrir as portas da empresa e começar as atividades, é hora de saber qual é o ganho que se consegue gerar por meio do trabalho desenvolvido.

A lucratividade é um indicador de eficiência operacional obtido sob a forma de valor percentual, que indica o ganho que a empresa consegue gerar sobre o trabalho que desenvolve.


Neste conteúdo, falaremos sobre lucratividade, lucro e rentabilidade. Apesar de parecerem a mesma coisa, essas três palavras importantes para qualquer negócio têm significados diferentes.

O que é lucro, lucratividade e rentabilidade?

A lucratividade é um indicador de eficiência operacional obtido sob a forma de valor percentual, que indica o ganho que a empresa consegue gerar sobre o trabalho que desenvolve. É também um dos principais indicadores econômicos da empresa, ligado diretamente com a competitividade do negócio.

Atenção:

Lucratividade, como já falamos, embora seja derivado do conceito de lucro, não é sinônimo de rentabilidade. Então, precisamos entender o que é, começando pelo conceito de lucro.

Lucro
É o resultado positivo após deduzir das vendas todos os custos e despesas. É um número absoluto.

Lucratividade
É a relação entre o valor do lucro líquido e o valor das vendas. É um número percentual.

Rentabilidade
É a relação entre o valor do lucro líquido e o investimento realizado.

Aprenda com um exemplo prático

Por exemplo, se a sua empresa tem uma lucratividade de 8%, isso significa que, de cada R$ 100,00 vendidos, R$ 8,00 “sobram” sob a forma de lucro, depois de pagas todas as despesas e os impostos.

Na prática, significa que a empresa agregou R$ 8,00 sobre o trabalho de produção e comercialização do seu produto, avaliado em R$ 100,00.

O resultado pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual, de acordo com a periodicidade desejada para monitorar o indicador.

Fórmula para calcular a lucratividade
Lucratividade = (Lucro Líquido / Receita Total) x 100.

Vamos para uma demonstração?
Vamos supor que a empresa tem uma receita total de R$ 100 mil reais e lucro líquido de R$ 12 mil reais:

Lucratividade = (R$ 12.000,00 / R$ 100.000,00) x 100
Lucratividade = 0,12 x 100
Lucratividade = 12%

O resultado indica de forma percentual qual é o ganho da empresa.

E qual seria a lucratividade anual de uma empresa que tem uma receita total de R$ 364.000,00 e um lucro líquido de R$ 20.880,00?

Aplicando a fórmula: Lucratividade = (lucro líquido/ receita total) x 100:
Lucratividade = (R$ 20.880,00 / R$ 364.000,00) x 100 = 5,73% ao ano.

Cálculo da lucratividade pela demonstração do resultado do exercício (DRE)

Uma outra forma de calcular a lucratividade é a partir da demonstração do resultado do exercício (DRE). Vamos calcular juntos?

A – Faturamento Mensal (Receita Total) => R$ 50.000,00
B – Custos das Mercadorias Vendidads* => R$ 25.000,00
C – Despesas Variáveis => R$ 5.000,00
D – Margem de Contribuição (A-B-C) => R$ 20.000,00
E – Despesas Fixas => R$ 15.000,00
F – Resultado antes da Desp Financeira (D-E) => R$ 5.000,00
G – Despesas Financeiras => R$ 1.000,00
H – Resultado Líquido (F-G) => R$ 4.000,00
I – Lucratividade [(H/A X 100]: 8%

Custo das mercadorias Vendidas (CMV) = Estoque inicial (EI) + Compras (C) = Estoque Final

Quanto maior a lucratividade, melhor

Agora que você já sabe o que é e como calcular, que tal pensar na lucratividade como um fator decisivo de sua empresa?

O que pode afetar a lucratividade do seu negócio?
Você sabia que são muitos os fatores que podem afetar a lucratividade da sua empresa? Por isso toda a atenção é bem-vinda e uma boa gestão também é necessária para conseguir minimizar os impactos no lucro da empresa. Há muitos fatores que indicam quando a lucratividade pode ser afetada, entre eles:

1. Queda nas vendas;

2. Aumento dos prazos de vendas;

3. Aumento das despesas financeiras;

4. Diminuição da margem de contribuição;

5. Estoque com giro lento;

6. Gastos fixos aumentando constantemente;

7. Crescentes perdas com inadimplência;

8. Necessidade constante de trabalhar com descontos de cheques e duplicatas.

Fonte: Sebrae: https://www.sebrae.com.br/